sábado, 21 de março de 2015

Litíase Renal

  Sempre pensei em manter atualizado este blog afim de disponibilizar informações relevantes e de maneira fácil a qualquer um que o acesse. Se virmos a data do último post, verão que a dificuldade em escrever aqui é grande. Bom, agora sim acabei minha residência em estudo dos rins, NEFROLOGIA. Uma paixão e um desafio a ser encarado daqui pra frente sempre em busca de ajudar o paciente e procurar uma solução para seus problemas de saúde.

     Falando em Nefrologia, pacientes e blog, um assunto muito comum e recorrente em nossa vida cotidiana e consultório é a presença de pessoas com dúvidas sobre cálculos urinário. Devido a isso, falarei logo abaixo sobre esse assunto. Logico que não tudo agora pois o conteúdo é extenso e pretendo explicar de uma maneira viável a todos.

     Quando falamos de litíase renal, cálculo renal ou mais popularmente "pedra nos rins" todos nós já passamos por algum episódio ou temos um parente, familiar que seja portador de tão dolorosa patologia. Por isso mesmo, é a doença renal mais prevalente em consultórios e pronto-atendimentos juntamente com infecções do trato urinário. A prevalência de portadores de cálculo urinário no Brasil esteja entre 5 e 10 % da população, ou seja, 1 em cada 10 brasileiros já tiveram, tem ou vão ter ao menos um cálculo renal em sua vida. Muito não é?
     
     E um outro dado muito interessante: em um estudo amplo e abrangente pesquisadores comprovaram que se você tiver um cálculo a probabilidade de voltar a ter um segundo é de 15% em 1 ano, 40% em 5 anos e de 50% em 10 anos. Ou seja, doença incrivelmente recorrente em pacientes que tem tendência a formação das pedras...Além disso essa recorrência é muito mais comum em homens do que em mulheres.

     Listo aqui os principais fatores de risco para o desenvolvimento de cálculos:
  • Sexo Masculino
  • Fatores Genéticos
  • Alterações Anatômicas do trato urinário
  • Distúrbios Metabólicos
  • Dieta
  • Obesidade
     Em qualquer aula, palestra ou congresso sempre ouvimos a seguinte expressão: " Só forma calculo quem pode, não quem quer... justificando exatamente que existe alguns mecanismos responsáveis pela formação das pedras e que compreendendo e avaliando cada paciente de maneira individual podemos manipular um tratamento afim de EVITAR a formação e a recorrência dos episódios !

     É muito importante antes explicarmos alguns detalhes aos senhores afim de um maior entendimento sobre o assunto. Inicialmente vamos listar aqui os principais tipos de cálculos. Em segundo lugar, vou falar um pouco sobre a crise em si, ou seja, aqueles sintomas mais conhecidos como cólica renal, o que leva a procura do médico.

     Os principais tipos de cálculos são:
  • Oxalato de Cálcio - 70% dos casos
  • Fosfato de Cálcio - Hidroxiapatita - associado ao de oxalato de cálcio, puro é bem raro
  • Estruvita - Infeccioso - 10% casos
  • Ácido Úrico 10% casos
  • Cistina e Brushita - demais casos - raros
     A identificação do tipo pode ser feita pela análise da "pedra" expelida avaliando aspectos como forma e cor. Além disso, a visualização microscópica de cristais consegue determinar a origem pois cada tipo possui cristais característicos e específicos como formato, brilho e tamanho de fácil identificação desde que analisado por um profissional adequado.

     A tão famosa cólica renal é a principal causa de procura de atendimento médico seja em um pronto-socorro ou em consultório. Normalmente ela se dá quando o cálculo se desloca e "cai" no ureter, ou seja, ligação entre o rim e a bexiga. Como o canal é estreito, o ureter se contrai tentando expulsá-lo gerando assim o quadro de dor.


     Os principais sintomas do paciente incluem:
  • Dor em flanco - "nos rins"
  • Dor em região abdominal
  • Hematúria - sangue na urina
  • Náuseas e Vômitos
  • Dificuldade ou dor para urinar
     No próximo post irei falar sobre como fazer o diagnóstico, ou seja, como o médico faz para descobrir que aquela dor que está sentindo é devido ao rim mesmo ou se existe uma outra causa para a dor como por exemplo apendicite, obstrução intestinal, pielonefrite, gravidez ectópica, cisto de ovário, etc... Um pouco mais complicado não? 
     Além disso, também falar sobre o tratamento e controle da dor, assim como métodos que visam facilitar a saída e o nascimento do cálculo.


sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Livro : A história da Medicina

Recebi esta semana um presente da Editora M.Books o livro "A História da Medicina", da autora Anne Rooney. O livro tem uma leitura fácil para profissionais da área da saúde, como médicos, enfermeiros além de fornecer explicações para pessoas leigas nesta área. Os fatos narrados vão desde as primeiras curas , na maioria das vezes desastrosas até os "milagres" da medicina atual.
Abordando vários aspectos da medicina atual e antiga como o entendimento da doença, o diagnóstico e os tratamentos, o livro ilustra cada momento na história com passagens e curiosidades mostrando o fracasso e o sucesso de cada tentativa.
Dentre os casos pitorescos está a de uma jovem chamada Anne Green que aos 22 anos deu a luz a uma criança que logo falecera. Condenada a forca pela morte do filho, fora colocada em um caixão. Acordou bem viva na mesa de dissecção após receber ajuda dos médicos ali presentes, recebeu indulto do estado e ficou rica. 
A hemofilia é uma doença hereditária em que a coagulação do sangue é afetada e o casamento entre famílias reais na Europa ajudou a disseminar tal doença por seu caráter recessivo. Um famoso portador desta doença era Tsarevich Alexei, filho do Czar Nicolau II da Rússia. Como a czarina acreditava que Rasputin pudesse controlar a doença do garoto, ele exerceu fortes influências na corte e sobre a família Real no começo do século XX.
Vários outros fatos são citados e comentados como a descoberta e a história do diabetes, o escorbuto nas viagens marítimas, a descoberta dos antibióticos, a pandemia de gripe no Brasil em 1918 que causava a morte de mais de 1000 pessoas diariamente...
Deste modo a narrativa se torna fácil e a leitura interessante e incansável.
Vou postar constantemente curiosidades históricas baseadas no livro.
O melhor é que tenho um livro extra para sorteio. Basta apenas fazer um comentário e o sorteio será realizado no dia 17/01 de maneira randomizada no site sorteador.com.br .
Abraços e até o próximo post.
 
Dr. Eduardo Sayeg
 

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Nova tentativa...

Ola a todos, venho aqui novamente escrever para satisfazer um antigo desejo e manifestar minha humilde inteção de tentar deixar este blog atualizado.
Boa sorte para mim!

domingo, 29 de novembro de 2009

Cigarro!!! Vilão cada dia mais!!!

"Pessoas que fumam têm a ação de medicamento reduzida. Estudo, realizado pela Faculdade de Odontologia São Leopoldo Mandic, em Campinas, utilizou o antibiótico Metronidazol, receitado no tratamento de doenças periodontais e ginecológicas, entre outras.

Segundo o estudo, o cigarro pode afetar de forma negativa a ação de antibióticos e interferir no resultado clínico esperado. Para compensar a redução do efeito do medicamento no organismo, dentistas e médicos precisariam ministrar doses maiores do remédio para os pacientes fumantes, sob o risco potencializar também seus efeitos colaterais, como alteração de paladar e diarréia, entre outros problemas.

O antibiótico é normalmente é receitado em casos de tratamentos de doenças periodontais, como gengivite e periodontite, por exemplo, além de tratamentos ginecológicos, entre outros. Planejamos fazer novas pesquisas que envolvam outros grupos de remédios, que também podem causar esse problema, afirma Juliana Cama Ramacciato, professora da São Leopoldo Mandic e uma das orientadoras da pesquisa.

Ainda de acordo com o estudo, realizado em parceria com a área de Farmacologia da Faculdade de Odontologia da Unicamp, o cigarro pode interferir na ação do Metronidazol no organismo de fumantes, o que significa a alteração de sua metabolização e uma possível interferência na eficácia do tratamento de doenças com o uso deste medicamento. É normal uma parte do remédio ser perdida antes de ser utilizada.

Mas, o efeito do cigarro reduz ainda mais a quantidade do medicamento absorvida pela organismo, quando ministrado via oral, explica Juliana. "

Como sempre, a cada pesquisa, o cigarro atrapalha nossas vidas, nossa saúde! Defendo sempre o direito de livre expressão, mas quanto mais esta liberdade atrapalhar a vida alheia, mais os livre terão que contribuir usando para saúde dos afetados!!! Quem quiser fumar que fume, só acho justo uma taxaçao maior do cigarro no Brasil, assim como em todo mundo civilizado! Quem quiser que pague caro!