Atendimento pré-hospitalar economiza tempo e dinheiro
A implantação do atendimento pré-hospitalar facilita o tratamento e melhora os resultados nos casos envolvendo infarto agudo do miocárdio, aumentando a expectativa de vida dos pacientes e diminuindo os custos com internação. Além disso, o custo com o uso de fibrinolítico nas ambulâncias pode ser reduzido em R$ 176 por paciente, mais barato que o tratamento padrão nos hospitais. Essas foram as constatações do estudo feito por pesquisadores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, em parceria com o Instituto Nacional de Cardiologia, do Ministério da Saúde. A pesquisa foi coordenada pelo cardiologista Denizar Vianna.
O infarto é responsável por 27% das mortes no Brasil, superior inclusive ao câncer, perdendo apenas para traumas e acidentes, correspondendo a aproximadamente 83 mil óbitos no último ano e R$ 500 milhões em gastos públicos. O percentual de internações aumentou em 65% e o de custos, em 195%, entre 2001 e 2005.
O coordenador do estudo afirma que cada minuto que se perde nas três primeiras horas desde o início dos sintomas representa 11 dias a menos na expectativa de vida destes pacientes, por isso o fator tempo é determinante no tratamento emergencial do infarto. Para ele, daí viria a necessidade de se implantar o atendimento pré-hospitalar, antecipando ao máximo o atendimento do infarto por meio das unidades móveis de resgate e equipes, treinadas para administrar o fibrinolítico na própria ambulância.
O sistema já foi implantado em Diadema, na região do ABC paulista, pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). A idéia é que outras cidades do país adotem o procedimento.
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